Na segunda semana de resgates em meio às chuvas que assolam o Rio Grande do Sul, Mauro Moreira, presidente do Conselho Regional de Medicina Veterinária (CRMV) do estado, teve que trazer um assunto difícil para a reunião da entidade, que tem atuado em resposta às enchentes: o grande volume de corpos de animais mortos.
No curto período em que as chuvas deram uma trégua e parte da água das enchentes baixou no centro norte do Estado, milhares de carcaças de animais de rebanho, entre porcos, galinhas e aves foram aparecendo – além de bichos de estimação e animais silvestres.
Centenas de veterinários voluntários têm atendido os bichos que são resgatados com vida em pontos de acolhimento (principalmente em faculdades e universidades, onde há estrutura para o atendimento).
Muitos chegam com lacerações, com hipotermia, com glicemia baixíssima por falta de comida, com doenças ou com necessidade de amputar membros ou fazer a enucleação (retirada) de um olho, diz o veterinário.